terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Wolfgang Amadeus Mozart

Wolfgang Amadeus Mozart nasceu a 27 de Janeiro de 1756, pelas 20h00, na Getreidegasse, na Áustria, e foi o último dos 7 filhos de Leopold Mozart e Anna Maria Pertl Mozart. Os dois primeiros nomes de batismo recordam que o seu dia de nascimento, 27 de Janeiro, que era o dia de São João Crisóstomo. "Wolfgangus" era o nome do seu avô materno. "Theophilus" era o nome do seu padrinho, o negociante Johannes Theophilus Pergmayr.
Mozart foi uma criança prodígio. Filho de uma família musical burguesa, começou a compor minuetos para cravo com a idade de cinco anos. O seu pai Leopold Mozart foi também compositor, embora de menor relevo. Algumas das primeiras obras que Mozart escreveu enquanto criança foram duetos e pequenas composições para dois pianos, destinadas a serem interpretadas conjuntamente com sua irmã, Maria Anna Mozart, conhecida por Nannerl.
Em 1763 seu pai o levou, junto com a sua irmã Nannerl, então com 12 anos, numa viagem pela França e Inglaterra. Em Londres, Mozart conheceu Johann Christian Bach, último filho de Johann Sebastian Bach, que exerceria grande influência em suas primeiras obras.
Entre 1770 e 1773 visitou a Itália por três vezes. Lá, compôs a ópera Mitridate, re di Ponto que obteve um êxito apreciável. A eleição, em 1772, do conde Hieronymus Colloredo como arcebispo de Salzburgo mudaria esta situação. A Sociedade da Corte vienense implicava com a origem burguesa e os modos de Mozart, e Colloredo não admitia que um mero empregado - que era o estatuto dos músicos, nessa época - passasse tanto tempo em viagens ao estrangeiro. O resto dessa década foi passado em Salzburgo, onde cumpriu os seus deveres de "Konzertmeister" (mestre de concerto), compondo missas, sonatas de igreja, serenatas, divertimentos e outras obras. Mas o ambiente de Salzburgo, cada vez mais sem perspectivas, levava a uma constante insatisfação de Mozart com a sua situação.
Em
1781, Colloredo ordena a Mozart que se junte a ele e sua comitiva em Viena. Insatisfeito por ser colocado entre os criados, pediu a demissão. A partir daí passa a viver da renda de concertos, da publicação de suas obras e de aulas particulares, sendo pioneiro nessa tentativa autônoma de comercialização de sua obra. Inicialmente tem sucesso, e o período entre 1781 e 1786 é um dos mais prolíficos de sua carreira, com óperas (Idomeneo - 1781, O Rapto do Serralho - 1782), as sonatas para piano, música de câmara (especialmente os seis quartetos de cordas dedicados a Haydn) e principalmente com uma deslumbrante seqüência de concertos para piano. Em 1782 casa, contra a vontade do pai, com Constanze Weber. Constanze era irmã mais jovem de Aloisia Weber Lange, cantora lírica por quem Mozart se apaixonara poucos anos antes.
Em 1786, compõe a primeira ópera em que contou com a colaboração de Lorenzo da Ponte: As bodas de Fígaro. A ópera fracassa em Viena, mas faz um sucesso tão grande em Praga que Mozart recebe uma encomenda de uma nova ópera. Esta seria Don Giovanni, considerada por muitos a sua obra-prima. Mozart ainda escreveria Così fan tutte, com libreto de Da Ponte, em 1789 (que seria a última colaboração de Lorenzo da Ponte).
A partir de 1786 sua popularidade começou a diminuir junto do público vienense, o que agravaria a sua condição financeira. Isso não o impediu de continuar compondo obras-primas, como Quintetos de cordas (K.515 em Dó maior, K.516 em Sol menor em 1787), Sinfonias (K.543 em Mi bemol maior (nº39); K.550 em Sol menor (nº40), que é a sua música mais importante e famosa; K.551 em Dó maior (nº41) em 1788), e um Divertimento para Trio de Cordas (K.563 em 1788), mas nos seus últimos anos a sua produção declinou devido a problemas financeiros, à precariedade da sua saúde e da sua esposa Constanze; aliados a uma crescente preocupação do compositor em relação à sinceridade do amor que esta o dedicava e à crescente frustração com o não reconhecimento.
Em 1791 compõe suas duas últimas óperas: A Flauta Mágica e A Clemência de Tito, seu último concerto para piano (K.595 em si bemol maior) e o belo Concerto para clarinete em lá maior (K.622). Na primavera desse ano, recebe a encomenda de um Requiem (K.626).
Mozart não tinha ainda 35 anos quando adoeceu, a 22 de Novembro, em Viena, dois dias depois da sua última actuação em público.
Contudo, trabalhando em outros projetos e com a saúde cada vez mais enfraquecida,
morre à uma hora da manhã, da madrugada de 4 para 5 de Dezembro, deixando a obra inacabada (há uma lenda que diz que o Requiem estaria sendo composto para tocar em sua própria missa de sétimo dia). Será completada por Franz Süssmayr, seu discípulo. Segundo alguns estudos a morte deveu-se a uma infecção bacteriana desencadeada por uma simples inflamação de garganta.
No dia 6 de dezembro, às 15 horas, o seu corpo é levado para a Igreja de Santo Estevão para uma cerimônia sem pompa nem música.
Süssmayr, Salieri e mais três pessoas acompanham o cortejo até às portas de Viena, porém o mau tempo os faz retornar. Constanze Weber, sua esposa, não quis acompanhar o cortejo pois estava deveras abalada, não saindo sequer de casa naquele dia. Mozart foi enterrado numa vala comum, no cemitério de São Marx, em Viena. Até hoje não se sabe ao certo o local exato de seu túmulo.
Ao longo dos últimos 50 anos cerca de 10 peças inéditas de Mozart foram descobertas. Em 2007 foi encontrada uma partitura assinada por Mozart e valeu num leilão da Sotheby's 156 mil euros. Em 2008 foi descoberta por investigadores alemães numa mediateca em Nantes, França uma partitura inédita, assinada à mão por Mozart. A partitura foi encontrada no meio de outras no início do ano, mas a descoberta só foi revelada em Setembro pela revista francesa "Presse-Ocean". Em 24 de julho de 2009, a Fundação Mozarteum Internacional, entidade fundada em Salzburgo, Áustria, no século XIX, que coleciona e administra pertences pessoais e divulga a obra do compositor, anunciou ao mundo a descoberta de duas peças de piano inéditas do compositor. As peças serão apresentadas à imprensa internacional no dia 2 de agosto e serão executadas no mesmo piano que pertenceu a Mozart, conservado até hoje pela organização

A primeira grande sinfonia de Mozart, chamada Sinfonia Paris, composta em 1778 durante uma viagem de Mozart a Paris. É também a mais ricamente orquestrada de todas as sinfonias de Mozart: sua orquestração inclui duas flautas, dois oboés, duas clarinetas (é a primeira vez que Mozart as emprega numa sinfonia), 2 fagotes, 2 trompas, 2 trompetes, 2 tímpanos (ré, lá) e cordas. Mozart nunca usou trombone em nenhuma de suas sinfonias. Aliás, o uso de trombones era raro na época, mesmo em orquestra de ópera, em geral mais rica do que a usada nas sinfonias.
Em Don Giovanni, três trombones aparecem na cena do cemitério, em que a estátua do comendador fala com Don Giovanni, e novamente na cena final, em que o fantasma do comendador comparece ao banquete convidado por Don Giovanni. Em A Flauta Mágica, Mozart chegou a usar 5 trombones! No Requiem, um solo de trombone anuncia o Tuba Mirum, de modo que se pode dizer que, em Mozart, o trombone anuncia sempre algum tipo de comunicação com o sobrenatural.
Mozart queria impressionar os parisienses, e a Sinfonia "Paris" começa de maneira bombástica, com quatro acordes em
forte na orquestra inteira seguidos de semi-colcheias rapidamente ascendentes nas cordas, flautas e fagotes, dando uma sensação de fogo-de-artifício. O primeiro movimento da sinfonia transcorre num clima festivo, com os "fogos de artifício" explodindo aqui e ali. O segundo movimento, Andante 6/8, é uma dança francesa, delicada e elegante, lembrando um quadro de Fragonard. O terceiro e último movimento, Allegro, começa com uma tremedeira cheia de expectativa só nos violinos, que explode num tutti (acorde de ré), como o estourar de uma rolha de champanhe, e a festa começa.

"Quer saber como eu componho? Posso dizer-lhe apenas isto: quando me sinto bem disposto, seja na carruagem quando viajo, seja de noite quando durmo, ocorrem-me idéias aos jorros, soberbamente. Como e donde, não sei. As que me agradam, guardo-as como se tivessem sido trazidas por outras pessoas, retenho-as bem na memória e, uma após a outra, delas tomo a parte necessária, para fazer um pastel segundo as regras do contraponto, da harmonia, dos instrumentos, etc. Então, em profundo sossego, sinto aquilo crescer, crescer para a claridade de tal forma que a obra mesmo extensa se completa na minha cabeça e posso abrangê-la de um só relance, como um belo retrato ou uma bela mulher… Quando chego neste ponto, nada mais esqueço, porque boa memória é o maior dom que Deus me deu."Mozart, numa carta o seu processo de composição

Óperas de Wolfgang Amadeus Mozart

Die Schuldigkeit des Ersten Gebots
Apollo et Hyacinthus
Bastien und Bastienne
La Finta Semplice
Mitridate, ré di Ponto
Betula Liberata
Ascanio in Alba
Il sogno di Scipione
Lucio Silla
La Finta Giardiniera
Il re pastore
Zaide
Idomeneo, ré di Creta
O Rapto do Serralho
L'oca del Cairo
Lo sposo deluso
O Empresário Teatral
As Bodas de Fígaro
Don Giovanni
Così Fan Tutte
A flauta mágica
A Clemência de Tito

Concerto
Para tenor

Or che il dover… Tali e cotanti sono K. 36;
Se al labbro mio non credi… Il cor dolente, K. 295;
Per pietà, non ricercate K. 420;
Misero! o sogno!… Aura, che intorno K. 431;
Non più, tutto ascoltai… Non temer, amato bene K. 490

Para soprano
Misero me… Misero pargoletto, K. 77;
Se ardire, e speranza K. 82;
Se tutti mali miei, K. 83;
Fra cento affanni K. 88;
Der Liebe himmlisches Gefühl K. 119;
Ah, lo previdi… Ah, t'invola agl'occhi miei K. 272;
Alcandro, lo confesso… Non sò d'onde viene K. 294;
Popoli di Tessaglia… Io non chiedo, eterni Dei K. 316;
Ma che vi fece, o stelle… Sperai vicino il lido K. 368;
Misera, dove son!… Ah, non son io che parlo K. 369;
A questo seno deh vieni… Or che il cielo a me ti rende K. 374;
Nehmt meinen Dank, ihr holden Gönner K. 383;
Mia speranza dorata… Ah, non sai qual pena, K. 416;
Vorrei spiegarvi, oh Dio K. 418;
No, no, che non sei capace K. 419;
In te spero, o sposo amato K. 440;
Basta, vincesti… Ah, non lasciarmi K. 486a;
Ch'io mi scordi di te… Non temer, amato bene K. 505;
Bella mia fiamma… Resta, o cara K. 528;
Ah se in ciel, benigne stelle K. 538;
Alma grande e nobil cuore K. 578;
Schon lacht der holde Frühling K. 580;
Chi sà, chi sà qual sia K. 582, Vado, ma dove? K. 583


Para baixo
Così dunque tradisci… Aspri rimorsi atroci K. 432;
Alcandro, lo confesso… Non sò d'onde viene K. 512;
Mentre ti lascio, o figlia K. 513


Canções
O heiliges Band K.148,
Oiseaux, si tous les ans K.307,
Dans un bois solitaire K.308,
Die Zufriedenheit K.349,
Komm, liebe Zither K.351,
Warnung K.433,
Gesellenreise K.468,
Der Zauberer K.472,
Das Veilchen K.476,
Die Alte K.517,
Die Verschweigung K.518,
Das Lied der Trennung K.519,
Als Luise die Briefe ihres ungetreuen Liebhabers verbrannte K.520,
Abendempfindung K.523,
An Chloe K.524,
Des kleinen Friedrichs Geburtstag K.529,
Das Traumbild K.530,
Grazie agl'inganni tuoi K.532,
Sehnsucht nach dem Frühlinge K.596,
Im Frühlingsanfang K.597,
Das Kinderspiel K.598.

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